Ao revolver o início de sua história pessoal, Rosana Paulino observa que o problema da representação dos negros traduz-se na sua quase ausência nos mais variados aspectos da vida dos brasileiros e na história, sobretudo na história das artes visuais. A artista surge no cenário artístico nos anos 1990 e se distingue, desde o início de sua prática, como voz única de sua própria geração, ao abordar de forma afiada temas socais, étnicos e de gênero. Questões perturbadoras no contexto da sociedade brasileira.
A produção de Paulino abordada situações decorrentes do racismo e dos estigmas deixados pela escravidão que circundam a condição da mulher negra na sociedade brasileira, bem como os diversos tipos de violência sofridos por esta população. A artista se vale de técnicas diversas – instalações, gravuras, desenhos, esculturas, etc – e as coloca a serviço do questionamento da visão colonialista da história que subsidia a (falsa) noção de democracia racial brasileira. Esses fundamentos embasaram o conhecimento científico e biológico dos povos e da natureza dos trópicos, contaminaram as narrativas religiosas até atingir o foro doméstico, servindo como eixo para a legitimação da supressão identitária dos africanos e africanas no Brasil.
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